Vivendo no Reino Unido pós-Brexit (Atualização)


O Brexit foi um dos eventos políticos mais impactantes da década e teve um efeito significativo na vida dos cidadãos do Reino Unido e da União Europeia. Agora, com o Reino Unido fora da União Europeia, muitas pessoas estão se perguntando como será viver no país pós-Brexit. Neste artigo, vamos explorar algumas das mudanças mais importantes que os cidadãos da UE precisarão enfrentar ao viver no Reino Unido pós-Brexit.

  1. Imigração e vistos

Uma das mudanças mais significativas para os cidadãos da UE que vivem ou planejam viver no Reino Unido é a necessidade de obter vistos. Antes do Brexit, os cidadãos da UE tinham o direito de residir e trabalhar no Reino Unido sem precisar de vistos. Agora, eles precisarão seguir as mesmas regras que os cidadãos de outros países fora da UE. Além disso, as regras de imigração para estudantes e pessoas que procuram trabalho também mudaram.

  1. Seguro saúde

Outra mudança importante é a mudança na cobertura de saúde. Antes do Brexit, os cidadãos da UE que viviam no Reino Unido tinham direito à cobertura de saúde através do Sistema Nacional de Saúde. Agora, eles precisarão pagar por seguro saúde privado ou se inscrever no Sistema Nacional de Saúde, assim como outros cidadãos fora da UE.

  1. Comércio e viagens

O Brexit também teve um impacto significativo no comércio e nas viagens entre o Reino Unido e a UE. Agora, as regras de comércio são diferentes e existem tarifas alfandegárias sobre alguns produtos. Além disso, as viagens entre o Reino Unido e a UE são mais complicadas, com requisitos de passaportes e verificações adicionais.

Em geral, viver no Reino Unido pós-Brexit requer uma certa adaptação e planejamento, especialmente para os cidadãos da UE. No entanto, o país continua sendo uma ótima opção para viver, trabalhar e estudar, com uma rica história e cultura, além de belas paisagens e cidades dinâmicas. Com um pouco de planejamento e preparação, é possível ter uma vida satisfatória e feliz no Reino Unido pós-Brexit.

Banco de Images sobre Londres

Olá pessoal, para aqueles criadores de conteúdo sobre Londres, eu criei um banco de images que pode ser muito interessante para vocês. Um banco dedicado exclusivamente a images da capital inglesa, tudo organizado por códigos postais (postcodes) e palavras-chave, tornando bem fácil de encontrar a foto com o assunto que você precisa.

 O banco chama-se London Stock Photos. Total as images são royalty free para uso editorial, disponiveis em até 4 tamanhos de arquivos a depender da resolução original, com preços a partir de apenas £10 libras. 

Algumas fotos estão disponíveis para uso comercial com exclusividade, nesse caso, entrem em contato para negociação.

Todas as images estão disponíveis também em versão impressa em até 5 tamanhos padrões, A3, A2, A1, A0 e B0, impressas em papel fine art Permajet Photo Lustre 310gsm pelo studio de impressão Image Print Centre.



 

Idea Podcast com Joás Souza

Olá pessoal, olhe eu aqui de novo em mais um podcast! Dessa vez o bate-papo que vai acontecer com o pessoal do Idea Podcast aqui de Londres, será hoje a tarde dia 15 de Junho as 19h ! Muita conversa sobre fotografia e assuntos variados, fora muita historias contadas sobre o que é viver em Londres (pra variar! Rs!). Espero que gostem!

https://www.youtube.com/watch?v=FCAOEn55Sm4



Fala Londres Podcast com Joás Souza

Olá pessoal! Quero compartilhar com vocês o link meu bate-papo de 2 horas que tive com o pessoal do Fala Londres Podcast! Muita conversa, assuntos variados e muita historias contadas sobre o que é viver em Londres. Espero que gostem!

https://youtu.be/Oe3dgAiQKaY


Compra de Eletrônicos


Antes de mais nada, gostaria de avisar aos caros turistas que os preços de eletrônicos na Inglaterra não são tão baratos como nos Estados Unidos, alguns itens aqui chegam a custar o dobro de lá, mas mesmo assim, ainda são mais baratos do que compra-los no Brasil.
Londres já teve uma rua inteira só de lojas de eletrônicos, porém, a grande maioria delas não conseguiu competir com as lojas on-line e fecharam. Hoje, quem quer comprar eletrônicos pessoalmente deve ir mesmo a um Shopping Center como o Westfield (http://uk.westfield.com/london) ou a uma boa loja de departamentos como a John Lewis (http://www.johnlewis.com/electricals/c500001?rdr=1), Harrods (http://www.harrods.com) ou Selfridges (http://www.selfridges.com/en/home-tech/technology/?llc=sn).
Uma boa opção também é ir em uma das lojas da Currys, esse sim, tem quase tudo que vc possa estar procurando. Há lojas da Currys por toda Londres, entre no site e procure pelo post code qual é a mais próxima de você.
Para compra de computadores e periféricos, uma excelente opção é o site eBuyer (http://ebuyer.com/), esse tem preços campeões, porém você vai ter que pedir online e aguardar a entrega, que não demora mais do que 48 horas. O lado negativo é que você não vai poder pedir o formulário do Tax Back.

A Amazon é sempre uma excelente opção também, porém, assim como no eBuyer, você não vai poder pedir o formulário do Tax Back.
Quando você estiver a turismo aqui e for realizar suas compras, não esqueça de pedir o formulario do Tax Back (imposto de volta) (VAT = 20%), assim você poderá obter de volta em torno de 12% do valor do ítem quando estiver saindo da Europa.

Construindo seu crédito financeiro

Comprar algo financiado por aqui exige muito mais do que um bom contra-cheque e nome limpo na praça, você tem que provar que acima de tudo você é um bom pagador, pois tem muitas gente rica caloteira nesse mundo e muito pobre que não deve nada a ninguém. De forma que, o sistemas aqui, antes de lhe dar qualquer crédito, precisa saber se você é um(a) bom(boa) pagador(a). 

Para você provar que é não é um(a) caloteiro(a), será necessário algum tempo, em média 3 anos, de preferência sem mudar de endereço pois quem se muda o tempo inteiro é estelionatário correndo de credores.

Dicas para começar a criar seu crédito financeiro para que no futuro você possa comprar algo financiado, seja um carro, um aparelho domestico ou uma casa.

- Ter um emprego, dinheiro caindo na conta todos os meses. 

- Evite mudar de endereço, de preferência por 3 anos, quanto menos vc se mudar, melhor para o seu "credit score".

- Tenha contrato de telefone celular pós-pago, não pré-pago, não atrase os pagamentos, de preferência faça um debito direto para nunca atrasar nenhum pagamento.

- Registre-se como eleitor na prefeitura (council) da sua área/bairro. (Isso conta muitos pontos!) E se você mudar de endereço e for para outra área, registre-se novamente no council da nova morada.

- Peça ao seu banco um cartão de crédito,  tenha-o e use-o, mesmo que no começo seja um limite baixinho, mas use e pague em dia.

- Se você estiver morando numa casa ou flat só seu, tenha as contas todas em seu nome.

Detalhe SUPER IMPORTANTE: Certifique-se que o seu nome está escrito ou abreviado EXATAMENTE DA MESMA FORMA em todos esses lugares, desde o contrato da operadora de celular até seu registro de eleitor, caso contrario não vai funcionar.

Andando na linha por 3 anos em média, seu "credit score" já vai estar construído e com boa pontuação, dai você já pode chutar o pau da barraca e começar a se endividar! 

 

Filho pequeno em Londres

Vou começar esse post dizendo que ter filhos na Inglaterra não é algo que gere tanta despesa como no Brasil ou resto da Europa (pelo menos pelos primeiros anos de vida antes de entrarem na escola), digo isso de experiencia própria, pois tenho duas filhas pequenas e estou passando por todas as experiências nesse sentido, principalmente no quesito financeiro.

Vamos começar pela gravidez, onde que, graças ao excelente sistema de saúde público britânico, o NHS, a mamãe nunca vai ter que desembolsar um tostão em consultas e acompanhamento durante toda a gravidez. O parto seja ele como for, natural ou cesária, não tem custo algum. A mãe fica isenta de qualquer custo com remédios desde o momento que a gravidez é confirmada até o bebê completar 1 ano,  no caso da criança, ela não pagará por nenhuma medicação até fazer 16 anos. É isso mesmo que vc leu, vc não pagará por nenhum remédio que seus filhos precisem até eles completarem 16 anos (conte isso para um amigo que more nos Estados Unidos e espere a reação!).

Aqui na Inglaterra os produtos para crianças e adolescentes até os 16 anos são isentos do imposto único de 20% (VAT = Value-added tax), além disso, diversos itens recebem subsidio do governo,  resultando em preços muito baixos para itens para essa faixa etária. Um pacote de 48 fraldas descartáveis do super mercado ASDA, que por sinal são excelentes, custam apenas £2.99, isso mesmo, duas libras e noventa e nove centavos por 48 fraldas, um preço absolutamente surreal até para os padrões Europeus onde na França por exemplo, um pacote de fraldas equivalente custa na casa dos €25 euros. 

Os super mercados Sainsburys e ASDA tem coleções de roupas para bebês e crianças muito boas, bonitas e de qualidade, principalmente para uso mais casual ou em casa/escola. Claro, se você quiser vestir as crianças com roupas de grife, os preços ficaram BEM MAIS salgados, mas ainda assim, pelo fato de serem isentos do VAT, saem mais baratos que o normal. A NEXT por exemplo tem coleções de roupas para bebês e crianças de deixar qualquer mamãe louca, tudo com preços muito bons. Com relação a roupas de grife, as preferidas aqui de casa são Ted Baker e Mayoral, são de cair o queixo.

Em compensação.... o custo mensal de uma creche é astronômico. Creche aqui é mais caro que a mais caras das universidades de Cambridge ou Oxford. Estamos falando de pelo menos £1.500,00 por mês por criança, claro, creche de segunda a sexta em tempo integral. Depois que a criança completa 3 anos, o governo oferece 30 horas semanais subsidiadas, o que dá meio período por dia de segunda a sexta, caso você necessite que ela fique o dia inteiro, essa diferença de custo fica por sua conta. Há casais que um dos parceiros deixa de trabalhar para tomar conta dos filhos até eles fazerem 3 anos ou entrarem na escola aos 4, pois a depender do salário, não compensa deixar os pequenos na creche para ir trabalhar. 

Comidas, papinhas, brinquedos e acessórios excluindo carrinhos de bebê (que você pode comprar de segunda mão no eBay em estado de novo por uma barganha) são muito baratos devido a isenção do VAT e subsidio do governo. Por sinal, nos super mercados há ótimas opções de papinhas 100% naturais e orgânicas que os bebês e crianças adoram.





Escolas Primarias e Secundárias

Como qualquer pai/mãe que preze pela educação dos seus filhos, a preocupação de achar uma boa escola para os mesmos é prioridade principalmente quando estamos nos mudando para uma nova cidade.

Aqui na Inglaterra, assim como no Brasil, temos escolas públicas e privadas. 


As escolas públicas são muito boas, umas mais outras menos, o desafio é encontrar as melhores (https://www.gov.uk/school-performance-tables) e morar perto delas para que seus pimpolhos tenha mais chances de serem matriculados em uma delas pois as escolas públicas que você poderá escolher são as que estão relativamente em um pequeno raio de distancia da sua casa, ou seja, sem chances de você morar numa localidade x e querer matricular sua cria numa escola que apesar de top, está a 10km da sua casa. 

Infelizmente as melhores escolas públicas estão (com algumas exceções) justamente dentro dos bairros onde se encontram as pessoas com o maior poder aquisitivo, onde os alugueis e preços dos imóveis são muito mais caros, ou seja, você pode acabar tendo que pagar muito mais pela sua moradia em ordem de dar aos seus filhos uma boa escola pública. 

As escolas particulares são um caso a parte, o ensino é muito mais puxado, o nível de educação é muito maior e o nível social e econômico dos coleguinhas é de outro nível, ou seja, os pais dos amiguinhos certamente não serão os donos das vendinhas de esquina ou funcionários públicos mas diretores de empresas, políticos, CEO de grandes corporações, algo que no futuro pode ajudar seus filhos por demais em termos de networking, afinal, hoje em dia, ter um bom network é mais importante do que ter dinheiro.

Escolas privadas custam entre £18-28K por ano, fora os custos adicionais de viagens de férias com a turminha dentre outras programações extra curriculares que acontecem durante o ano. Sim, é caro mas é delas que saem os futuros grandes empresários e governantes, basta dizer foram pouquíssimos os primeiros ministros britânicos que vieram de escolas públicas. 

No caso de escolas privadas não há problemas de distâncias entre sua morada e a escola, você está pagando pelo serviço dela, portanto, você pode matricular seus filhos na que desejar, contanto que eles tenham vaga. Levar o pupilo até ela será um problema dos pais.

Vale a pena a escola particular? Vale. O negócio é se você tem condições de pagar.

Segue a lista das melhores em Londres de acordo com a ultima avaliação 2018/2019

https://www.mytopschools.co.uk/london-private-schools/

Por que saí do Brasil – e por que não vou voltar

Por Roberto Maxwell

Minha saída do Brasil não foi algo extremamente pensado e planejado, como ocorre com boa parte dos brasileiros que deixam o país.

Em 2005, aos 30 anos, eu morava no Rio, cidade em que nasci, e era professor em uma das mais conhecidas escolas públicas do país. Era um emprego considerado bom. Eu dava aula majoritariamente para crianças de classe média alta, tinha uma renda que, se não era exatamente compatível com as minhas responsabilidades, estava bem acima da média do que se ganha no país, em especial nessa profissão.

Mas não sobrava nada. Pagava as contas, vivia duro, insatisfeito e bastante infeliz. Concordo que felicidade é algo muito subjetivo. Por isso, vamos logo escancarar os fatos: eu estava deprimido, vivendo e trabalhando à base de medicamentos. Tudo isso morando na Cidade Maravilhosa: praia, sol, mar e fluoxetina!

Olhava ao redor e enxergava tudo com estranheza. Ruas imundas e gente jogando ainda mais lixo no chão. Não era raro estar no transporte público e ver um sujeito atirando latinhas pela janela. Passava noites sem dormir porque o vizinho fazia aniversário e a festa vazava para o prédio todo. “Relaxa, merrmão, é só uma vez por ano”, justificava o merrmão. Mas, vem cá, conta comigo: uma vez por ano vezes 100 apartamentos é igual a… Enfim, todo mundo era bonito, todo mundo era bacana, todo mundo era dourado – e ninguém por ali tinha qualquer senso de comunidade ou respeito pelo outro. Todo mundo tinha todos os direitos — e nenhum dever.

Era assim que eu via: um estrangeiro em meu próprio país. Para geral, a parada tava maneira daquele jeito. Eu era o incomodado e os incomodados que se… Bem, você conhece o ditado.

Não sei quando foi que caiu a ficha, mas uma hora tive certeza de que tinha que cair fora. Sem grana, comecei a procurar bolsas de estudo no exterior, tarefa difícil para quem tinha um inglês caído e já não era tão jovem.

Mas eu queria uma chance de recomeçar. Foi quando me lembrei de uma amiga que tinha ido estudar no Japão. Ela me deu as dicas de um programa chamado Teacher’s Training, do governo japonês. Por coincidência, o período de inscrições estava próximo. Me inscrevi e fui selecionado. Vim para o Japão no final de 2005 e estou aqui até hoje. Falta pouco para completar uma década do outro lado do mundo.

Fui para a Universidade de Shizuoka, onde, após o programa, fui convidado a ingressar no mestrado em Ciências Sociais. Terminei o curso em 2008, no início da crise econômica mundial que atingiu o Japão em cheio. Decidi me mudar para Tóquio. De uma hora para outra, me vi com um canudo de mestre nas mãos e desempregado; pós-graduado e montando e desmontando estandes em feiras e eventos para sobreviver. Era isso ou voltar para o Brasil – e a segunda opção estava totalmente fora de cogitação.

Parece cíclico. Toda vez que uma crise atinge o Brasil, um monte de gente “ameaça” deixar o país. Por conta disso, muito se tem discutido sobre as dificuldades da imigração, da adaptação, da assimilação pela cultura e pelo mercado em outro país… O Draft vem abrindo espaço para esse debate — o que é muito legal. Por isso, decidi compartilhar aqui a minha experiência.

De fato, viver em outro país não é fácil. Agora, imagina se esse “outro país” for o Japão. Aqui é o outro lado do mundo mesmo, não apenas em termos geográficos. O arroz é sem sal. O café é sem açúcar. A carne é fatiada fininha que nem bacon. Uma fruta custa os olhos da cara. As casas são mínimas. (E eu nem posso dizer que sou um cara que viveu em casas espaçosas e luxuosas no Brasil.)

No inverno, neva — e depois de dois dias, a neve já não parece tão bonitinha como nos filmes. No verão, faz um calor pegajoso, como o Rio no auge de janeiro, só que com muito mais prédios e sem praia. O calor em Tóquio lembra Bangu, se é que você me entende.

Os japoneses são educadíssimos, muito organizados, limpos e… fechados. É cada um na sua. Privacidade e espaço individual valem ouro por aqui. O japonês de verdade não é o que se vê nos mangás, nos animês, nos memes da internet: ele é calado, reservado, desconfiado e — com o risco de ser injusto com um montão de gente legal que eu conheci nesses 10 anos de desterro — um bocado preconceituoso.

Eu, por exemplo, estou aqui esse tempo todo, me esfalfando para aprender a língua, e basta eu botar essa minha cara de gaijin (o correspondente a gringo na língua japonesa) numa loja de conveniência que o/a atendente vai ignorar tudo o que eu falo em japonês e me responder num inglês quase ininteligível. No pré-conceito dele, todo gaijin fala inglês e não entende nada de japonês, essa língua “difícil” de aprender. A suposta impenetrabilidade do idioma — ah, se eles tivessem ideia do quão difícil é aprender português… — é um orgulho nacional deles.

Enfim: são vários perrengues com a língua, com a alimentação, com os costumes, com os nativos, com a legislação… É assim a vida de um estrangeiro no Japão. E é também assim a vida dos estrangeiros em outro qualquer lugar.

Apesar disso tudo, não planejo — nem agora nem num futuro próximo ou distante — voltar ao Brasil. Por quê? A resposta é simples: todo lugar tem problemas e o segredo de uma boa vida é a adaptação. E considero que me adaptar à vida no Japão, com tudo isso que relatei (e muito mais que ficou de fora), tem sido muito mais fácil de encarar, e de vencer, do que a realidade que eu enfrentava cotidianamente no Brasil. Era impossível para mim viver num lugar onde o contrato social foi rasgado. Em nosso país, se estabeleceu há muito tempo (desde sempre?) a ideia do cada um por si. Isso torna, no limite, a vida social impossível. E o dia-a-dia, em todos os níveis, um salve-se-quem-puder.

De que adianta um lugar ter sol-e-mar-e-gente bonita se o cara do seu lado ocupa um espaço (tanto físico quanto social) muito maior do que precisa, não dá a mínima para você ou para os outros à volta, emporcalha tudo, fala os berros, quer sempre levar vantagem em tudo, te passa a perna…

Ou, ainda, se ele se acha no direito de destratar, ou mesmo agredir, muitas vezes fisicamente, alguém que considera “diferente” — seja preto, pobre, mulher, velho, macumbeiro, homossexual?

De que adianta ter os amigos e a família por perto, e viver próximo das suas raízes, falando a sua língua materna, se todo dia você sai de casa sem saber se vai voltar – se as ruas da sua “cidade civilizada em um país democrático” respira um clima de guerra civil, expresso em um número de mortes semelhante ao de regiões deflagradas na África ou do Oriente Médio? Eu sentia isso cotidianamente, dez anos atrás. A sensação é de que nada parece ter mudado nesse aspecto. Não me refiro àquela coisa de “todos nós morreremos um dia”. Trata-se do risco real de morrer hoje, de ter a sua vida interrompida por alguém armado, à espreita, pronto para lhe atacar numa fração de segundos.

Estive em São Paulo em 2012, numa viagem excepcional. Mas, para cada experiência vivida, foi preciso matar um leão. Comprar um bilhete de qualquer coisa numa fila sem ser ludibriado é quase um milagre. Tem sempre alguém querendo passar na sua frente. Entrar num trem ou no metrô é outro desafio. Embarque e desembarque acontecem concomitantemente, desafiando aquela lei da física que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.

A experiência no transporte público é de chorar. Você está apinhado dentro de um ônibus e, de repente, se vê cercado, de todos os lados, por um monte de carros praticamente vazios. Não faz o menor sentido. Ou melhor: o sentido disso é que a locomoção no Brasil não é um direito, mas mais um símbolo de poder de classe – o transporte público é ruim para sublinhar o poder e os privilégios de quem pode ter um carro. Navego diariamente em Tóquio, a área urbana mais populosa do planeta, com as linhas de trem mais congestionadas do mundo, e não vivo nem uma fração desse estresse para ir e vir.

Vai a pé? Cuidado: os veículos não param para os pedestres, nem as bicicletas respeitam quem está a pé. Entrou na loja? Atenção: testa bem porque tem produto que não funciona. (Depois se vira para resolver com o fabricante…) Pagou em dinheiro? Confere o troco porque a chance é grande de vir faltando. Passou o cartão? Fica de olho porque a máquina pode ser “chupa-cabra”. E o encontro marcado às sete só acontece às oito porque a maioria das pessoas não se preocupa verdadeiramente em chegar na hora.

Não sei se a maioria dos brasileiros percebe o modo como essa engrenagem funciona. Mas, o que aprendi, na marra, é que a vida é complexa demais para tanta preocupação numa mera saída de casa. E é, também, muito curta para passar os dias batendo de frente com gente que não entende as mínimas regras de convívio social e que é orientado desde pequeno, na família, na escola, a resolver as coisas batendo, xingando, usando os cotovelos e mostrando o dedo médio aos outros pela janela — seja do SUV novinho em folha ou do Chevette sem placa.

Escolhi viver num lugar onde é possível concentrar as energias no trabalho, no lazer, em cuidar de si, em se relacionar melhor com os outros. É muito bom não precisar se defender no convívio social. Exercitar a correção sabendo que o outro também vai ser correto com você. É muita força vital que se gasta para sobreviver num país como o Brasil. Infelizmente. O Japão, com todas as suas dificuldades, me mostrou por que me faltava força para ir atrás dos meus objetivos e sonhos, por que o dinheiro não rendia, por que a depressão só aumentava…

Não digo isso com alegria. Digo isso com muita tristeza. Não por mim, que estou a 20 mil quilômetros daí, mas por todo mundo que eu amo e ficou do outro lado do mundo.

Diante desse quadro, não houve calor nem praia nem colo de mãe ou ombro de amigo capaz de me consolar ou de me segurar. Tóquio é o avesso da cultura em que nasci – mas aqui me sinto em casa. Ao contrário, me sinto um estrangeiro no lugar onde falam a minha língua, onde produzem a música que eu gosto de ouvir, onde cozinham os sabores que me fazem salivar…

Nunca entendi — nem aceitei — a forma como nosso país funciona. Só me resta torcer para que, através desse relato, possa estar se abrindo uma porta para que, um dia, quem sabe, esse diálogo possa acontecer.

Roberto Maxwell, 40, é repórter e documentarista. Atualmente, é apresentador da Rádio Japão da NHK World e freelancer nas áreas de produção e criação de conteúdo para mídias impressas, rádio, TV e internet.


Contas Residenciais

Se você alugou um flat (apto) ou uma casa para si mesmo, é muito importante que você tome nota dos números do relógio do marcador de água, luz e gás e entre em contato com cada uma das fornecedoras dos serviços e avise que você é o novo inquilino, informando os números que constam nos relógios para que depois não venha uma conta para vc pagar de gastos que não foram seus.
Tem muita gente que sai do imóvel e esquece de avisar as empresas fornecedoras dos serviços, dai o proximo inquilino acaba tendo uma grande dor de cabeça, pois uma bela conta irá chegar, até provar que rapadura não é tijolo, o sujeito vai ter que pagar a conta, se não, correrá o risco de ter os serviços cortados. Portanto, é muito importante tomar nota dos números nos marcadores (relógios) e entrar em contato imediatamente com as fornecedoras. (Pergunte ao Landlord quem são elas)

O Council Tax (nosso IPTU) é outra conta que deve ser transferida para seu nome. Se você é estudante, será isento, se morar sozinho, você terá um desconto, porém o Council precisa saber disso, portanto, entre em contato e avise!
Um bom landlord (dono do imóvel) normalmente faz tudo isso para o novo inquilino, mas há sempre aquele que fogem a regra. É bom ficar ligado.

Trabalhando em Londres

Para quem tem passaporte europeu, trabalhar em qualquer país da Comunidade Europeia (E.U.) não é empecilho, já que por lei, todos que fazem parte da comunidade, tem os mesmo direitos e deveres. Para quem não faz parte do comunidade, o buraco é mais embaixo…
Falando bem honestamente, se você não tem passaporte Europeu, suas chances de poder trabalhar legalmente no Reino Unido são muito baixas, na verdade, existem duas possibilidades.
A primeira e mais popular opção é vir como estudante, claro, com curso de duração acima de 6 meses, pois se vc vier para um curso que dure menos do que isso você entra com visto de turista, e turista não pode trabalhar.
Pessoas com visto de estudante (TIER 4) tem direito a trabalhar apenas 10 horas semanais no período de aulas, tempo esse que honestamente não dá pra nada, pois é, foi-se o tempo (meu tempo) em que estudantes podiam trabalhar 20 horas por semana. Durante o período de férias é permitido trabalhar em tempo integral, porém quem é que vai querer empregar alguém por um período tão curto? As leis foram mudadas mesmo para tornar o trabalho para estudante quase que impossível. Veja: https://www.gov.uk/student-visa
A segunda opção é o visto de trabalho, o work permit, conhecido como TIER 2 VISA, possivelmente adquirido nos casos onde o sujeito já trabalha para uma empresa multinacional com sede ou filial na Inglaterra, caso ele(a) consiga uma transferência para cá, o visto é mais facilmente concedido, ou, quando você além de ser muito bem qualificado na sua área, provar que tem uma oferta de emprego oferecida por uma determinada empresa no Reino Unido (pode ser até mesmo uma filial da mesma empresa que vc trabalha atualmente, como um Banco por exemplo), e ela vai ter que patrocinar sua vinda… é complicado! Bem, se você quiser pesquisar sobre essa opção, eu acredito que seu nível de inglês deva ser avançado, por tanto, segue o link para mais informações sobre o TIER 2: https://www.gov.uk/tier-2-general, é um processo complicado mas não impossível. Eu já consegui!

Vivendo no Reino Unido pós-Brexit

Por Damian Chalmers 
Como é ser brasileiro vivendo no Reino Unido pós-Brexit? Os próprios brasileiros e seus parentes e amigos podem responder esta pergunta melhor do que eu. Mas, certamente, é possível afirmar que a voz da intolerância e da xenofobia se tornou mais alta nos últimos cinco meses.
A ideia de que os imigrantes são um problema se transformou, de forma assustadora, em um novo senso comum na Grã-Bretanha. Como resultado, muitos não britânicos acabaram perdendo o sentido de casa que adquiriram por viverem a muitos anos no Reino Unido.
O Brexit, porém, ainda não aconteceu – e nem acontecerá até 2019, no mínimo. Quais oportunidades, riscos e ameaças a saída do Reino Unido da União Europeia reserva para brasileiros e latinos que moram no país?
Para começar é bom tirar uma quimera do caminho. Entrar no Reino Unido pode ficar mais fácil para alguns brasileiros. Durante a campanha antes do referendo, muitos argumentaram que o Brexit faria com que a política imigratória britânica ficasse menos eurocêntrica. Propostas foram apresentadas para a adoção de um sistema pelo qual pontos são concedidos aos imigrantes por determinadas habilidades e qualidades – se o indivíduo atinge certo número de pontos, ele pode entrar no país. Tal sistema, em teoria, não leva em conta a nacionalidade. A Austrália, que usa esse método, recebe mais imigrantes do que o Reino Unido.
Infelizmente, as coisas não são assim tão simples. A posição atual do governo britânico é de que a entrada de imigrantes de fora da Comunidade Econômica Europeia (CEE) ainda está em níveis muito altos. Em agosto, a entrada líquida de imigrantes no Reino Unido foi de 327 mil pessoas, sendo 190 mil cidadãos não europeus e 180 mil europeus, e 43 mil britânicos deixando o país. O governo pretende reduzir a entrada líquida para dezenas de milhares, algo em torno de 80 mil a 120 mil. A entrada de não europeus teria de cair para entre um terço e metade dos níveis atuais. Qualquer sistema de pontos seria aplicado de acordo com a posição de cada nacionalidade dentro dos alvos previamente estipulados.
Há outra má notícia para os latino-americanos. Não pela primeira vez, é improvável que eles estejam em uma competição justa com a Europa. Cidadãos em busca de empregos de alta qualificação (médicos e acadêmicos, por exemplo) são mais suscetíveis a conseguirem visto de residência. Haverá, portanto, vagas limitadas para pessoas de outros lugares do mundo. Além disso, é possível que o Reino Unido dê passe livre para europeus em busca desses trabalhos em troca de acesso à zona de livre comércio europeia, reduzindo as chances dos não europeus.
Isso será bom para os latino-americanos com passaporte europeu – eles continuariam a ter acesso a esses trabalhos. Mas isso traz uma questão racial: é mais provável que sejam brancos do que afrodescendentes.
Se a vida é melhor para aqueles com cidadania europeia do que latino-americana, ela continuará a ser tão boa assim?
A rota escolhida por muitos é procurar por trabalho enquanto se aprende inglês. De muitas formas, isso não estará mais disponível no Reino Unido. Até para os cidadãos europeus é provável que não haja mais essa opção.
Há também aqueles que residem aqui há muitos anos. A posição do governo britânico é de garantir os direitos dos cidadãos europeus residentes no Reino Unido se houver reciprocidade em relação aos cidadãos britânicos vivendo na União Europeia. Como não há argumentos contrários a isso por parte da UE, um acordo deve ocorrer em 2017.
Então tudo certo? Nem tanto.
Em primeiro lugar, não se sabe a qualidade do direito de residência a ser garantido. Atualmente, cidadãos europeus podem aplicar para residência permanente depois de viver cinco anos no Reino Unido. Caso contrário, eles só podem residir aqui se forem economicamente ativos, autossuficientes ou parentes de cidadão europeu nessas condições. Se deixarem seus empregos ou negócios no Reino Unido e voltarem mais tarde, devem começar novamente. Isso não é exatamente um problema porque cidadãos europeus podem voltar para procurar trabalho. Mas não está claro se o direito de retorno será garantido. Se um brasileiro com cidadania italiana desistir de um trabalho após dois anos no Reino Unido e voltar ao Brasil por três meses, não se sabe se poderá voltar ou não.
Em segundo lugar, não está claro também quem terá esse direito. Atualmente, a lei europeia garante que qualquer cidadão com dupla nacionalidade pode reivindicar seus direitos como cidadão europeu independentemente da conexão entre o estado europeu e o estado latino-americano. De acordo com o direito internacional, porém, os estados podem requerer um teste de nacionalidade. O indivíduo precisaria mostrar uma ligação genuína com o estado de sua cidadania europeia para usufruir dos benefícios europeus. Não está claro que tipo de teste o Reino Unido aplicaria. Um brasileiro vivendo no Reino Unido com cidadania europeia por ser filho de mãe italiana, por exemplo, pode ficar vulnerável.
A última questão é quais direitos, além da residência, esses cidadãos poderão ter acesso no futuro. Antes do referendo, um ponto fundamental dos debates era que os cidadãos europeus não poderiam aplicar para muitos benefícios sociais nos primeiros quatro anos de residência. Seria surpreendente se o governo britânico oferecesse qualquer condição mais generosa. É possível que os cidadãos europeus tenham direitos limitados no Reino Unido até que eles passem certo número de anos no país.
Os tempos são incertos para todos os brasileiros. Se tiverem cidadania europeia, vale a pena buscar informações com seus respectivos estados europeus. Se estiverem no Reino Unido por tempo suficiente, é recomendável começar o processo de residência permanente.
Vou terminar com algum otimismo. Os governos europeus não toleram que seus cidadãos sejam mal tratados e, dada a linguagem agressiva de alguns políticos britânicos, devem adotar uma postura “um por todos e todos por um”. Além disso, o tipo de sistema de imigração previsto acima pode ser mais prejudicial à economia britânica do que o acesso limitado ao mercado único europeu. Ou seja, o governo britânico pode recuar.

Por fim, não se sabe se as autoridades podem lidar com tudo isso. Nos últimos cinco anos, 150 mil novos passaportes britânicos foram emitidos a cada ano. Como eles lidariam com os requerimentos de 3,6 milhões de cidadãos europeus que vivem no Reino Unido permanece um mistério. Eles podem acabar sendo forçados a facilitar o processo.

Fonte: http://brasilobserver.co.uk/?p=3083

Empreendedorismo no Reino Unido


Para iniciar um negócio no Reino Unido, o interessado deve ter um status migratório que lhe permita trabalhar e investir no país – como regra, ter nacionalidade britânica ou de países da União Europeia ou ser detentor de visto que autorize a residência permanente.

Para saber mais, clique aqui.

Dicas de Turismo em Londres

Chegou em Londres e quer ver o que há de mais interessante? Recomendo imediatamente a você pegar o ônibus de turismo chamado Original Tour, custa £25 para adultos e £12 para crianças. Ele passa por todos os principais pontos turísticos de Londres, e ainda tem a vantagem de você poder descer em qualquer destes lugares, voltar e pegar o ônibus novamente pois eles são circulares e são varios. Acesse o site para mais informações! Recomendo mesmo!
Eu pessoalmente recomendo reservar pelo menos 5 a 7 dias para conhecer Londres, o ideal mesmo seria 1 ano! Viver todas as estações do ano, pois cada uma delas transforma essa cidade!
Existem milhares de opções para conhecer e aproveitar o que essa cidade milenar tem a oferecer: fantásticos museus gratuitos, parques urbanos como o Hyde Park, o Regent's Park e o Richmond, teatros com espetáculos da Broadway, galerias de arte com obras dos mais famosos artistas da humanidade, pubs históricos como o The Churchill Arms onde o ex primeiro ministro Churchill costumava beber com os amigos, cafés. shows e concertosfeiras de rua ricas em objetos curiosissimos, mercados imperdíveis como o de Borough Market as sextas-feiras e sábados, livrarias com livros a preços incomparavelmente mais baixos do que no Brasil.
Claro, a maioria das coisas querer dinheiro, mas nada que vá deixa-lo(la) de carteira vazia! De qualquer forma, há muitas alternativas gratuitas como por exemplo, os museus, que são praticamente todos de graça (eu particularmente recomendo o Victoria & Albert, o Museu de Historia Natural e o Museu de Ciência e Tecnologia em South Kensington)!
Uma dica extra vai para aqueles que realmente gostam de explorar o lugar ao máximo, ao espirito Indiana Jones! Aqui vai a dica, SECRET LONDON, acesse http://www.secret-london.co.uk, esse site você te ajudar a encontrar diversas curiosidades sobre Londres, ruas escondidas, lugares extintos, pubs "secretos", todo tipo de curiosidade que uma cidade milenar como Londres tem a oferecer! Aproveite! cada esquina de Londres tem uma história para contar!
Dica 1: Para obter extra informações turísticas sobre Londres e redondezas, visite o London Tourist Information Centres, há vários espelhados por Londres, vale a pena. 
Há também um ponto novo e localizado da famosa praça de Leicester Square, (lê-se Leister Square), é o London Information Centre, aberto diariamente das 8h-12h apenas. Existem ainda mais dois outros postos de informações, um fica próximo a catedral de St. Paul's aberto seg/sáb das 9h30-17h30, e o outro na estação de St. Pancras, onde fica o Eurostar.
Dica 2: Como todos sabem, Londres foi e continua sendo uma cidade onde grandes personalidades moraram ou ainda moram, além ter sido local de eventos que mudaram a história.
Em 1986 nasceu a idéia de se instalar uma placa azul, em inglês, blue plaque, em todos os espaços públicos para celebrar a ligação entre aquele local e uma pessoa ou evento famoso.
Andando pelas ruas de Londres você poderá encontrar em diversos locais, principalmente em casas as famosas placas azuis, indicanco por exempo "Mahatma Gandhi 1896-1948 lived here as a law student". Alguns desses locais estão abertos para visitas, outros não, são hoje propriedade particular de alguém.
Se você se interessa pelo assunto e quem sabe gostaria de conhecer o lugar onde alguma personalidade que você admira morou, trabalhou etc, essa é uma boa oportunidade!A lista das Blue Plaques com seus devidos endereços você encontra no seguinte site: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_blue_plaques
Boa caçada!

Guia London A-Z


Uma das primeiras coisas que eu fiz quando cheguei em Londres foi comprar o famoso guia London A-Z, é um pequeno livrinho contendo o mapa de todas as ruas da cidade, naquela época não existia smartphone, Google Maps era algo que ainda estaria por vir. Não por causa da existencia dessas facilidades, ele ainda é  vendido em qualquer banca de jornal ou lojas de conveniências. Custa £5.50 e tem em vários tamanhos. Para quem é old-school, gosta do papel e gostaria de aprender mais a se localizar em Londres, ele ainda quebra um galho danado!

Já com o uso dos smartphones, basta conectar em algum Hotspot wi-fi e acessar www.streetmap.co.uk, que é uma versão digital desse mesmo livro, ou  acessar o Google Maps digitando o nome da rua ou o Postcode (CEP)! Bingo!

Uma dica valiosissima para andar em Londres, no sentido de planejar suas jornadas pela cidade, saber quais ônibus e linhas de metrô pegar para chegar ao seu destino é fazer uso do aplicativo Citymapper! Esse aplicativo é simplesmente fantático. Basta você colocar o endereco ou postcode do destino que ele, usando a sua localização, irá te mostrar todas as opções de transporte público para chegar lá, incluindo o horario de partida em tempo real dos ônibus, metrôs e trens! Confira.

Vivendo Ilegal


Viver ilegal sem dúvida nenhuma não é uma das melhores opções para se morar em outro país. Infelizmente o número de imigrantes brasileiros vivendo ilegalmente na Inglaterra é absurdo.

Como próprio nome já diz, ilegal, sem razão, sem direitos. O trabalho de um ilegal geralmente é ruim, escondido, sub do sub emprego. A pessoa normalmente não vive na tranquilidade, existe sempre um stress, a famosa “neurose”, o medo de ser descoberto e perder tudo aquilo que se conquistou. O vexame de ser preso, enquadrado, taxado e deportado.

Quem já viveu sabe o quão desconfortável que é viver ilegal em um país, seja aqui ou em qualquer outro.

Existem pessoas que saem do Brasil e vão viver nos EUA ou aqui na Inglaterra sem ter a mínima condição, vem com dinheiro emprestado, chegam com visto de turista, ficam depois de ter o visto expirado, tornam-se ilegais, não tem dinheiro pra voltar, não tem nada no Brasil, não tem nada a perder. Vai ficando…

Correndo o risco de serem deportados, de não receberem o salário (pois você não poderá reclamar de nada, e pra ninguém, se não seu patrão te dedura), e não poderem ter o grande prazer de viajar pela Europa, enfim, vão vivendo uma vida muito sacrificante.

Se for pra morar aqui, que more e viva com dignidade, esteja legal, com todos os seus direitos.

Acredite, estar ilegal é um stress que não compensa. Veja no link abaixo o que acontece com quem é pego ilegal e com documentos falsos: http://www.youtube.com/watch?v=oy2FPlJrvS8

Sua linha telefônica fixa

Com tarifas de telefone celular tão baratas, ter uma linha telefônica em casa deixou de ser uma vantagem, de qualquer forma, se você for pagar por internet fixa, muito provavelmente ela virá com uma linha telefônica, que você pode ou não usar.

Existem diversas empresas que podem instalar sua conexão de internet fixa, veja o site comparativo aqui https://www.broadband-finder.co.uk. Lá você vai encontrar uma relação de todas as empresas provedoras e comparações de preços e serviços.

Algumas destas empresas cobram um custo inicial de instalação caso a sua casa nunca tenha tido conexão com linha telefônica. Se já teve anteriormente, eles não cobram nada para instalar.

Internet Café


Com a popularização dos smartphones e a facilidade de comprar SIM cards com um bom pacote de dados em qualquer cidade que se vá (com exceção da França), os tão solicitados Internet Cafés diminuíram em quantidade drasticamente. Hoje, a grande maioria das pessoas só visita um quando precisa imprimir algo, para isso ele ainda serve! hehe!

Bem, de qualquer forma, aqui vai a dica: Ainda existem vários em Londres, sendo que a maioria migrou para a periferia. O custo médio continua o mesmo de 10 anos atras, £1,00 por hora de acesso e £0,10 por folha de impressão em Preto e Branco.

Outra opção é se cadastrar em uma das milhares de bibliotecas públicas que existem em Londres, e fazer a sua carteirinha para utilizar gratuitamente a internet, minha sujestão é a Idea Store

Para saber mais sobre a localização precisa de onde os Cyber Cafes estão localizados, acesse: 

Onde Morar em Londres?

Essa é uma duvida que quase todo mundo tem quando está a caminho de Londres. Que lugar é bom de morar? Quando vai me custar? Por falta dessas informações, o sujeito acaba ficando a mercê das agência de viagens, que na maioria das vezes cobram preços exorbitantes por acomodações pobres e podres.
Então, deixe me explicar como funciona a moradia em Londres.
Como quase tudo nessa vida material, o quesito “poder financeiro” será o principal fator decisivo de onde será o seu berço. Londres é uma cidade grande, alias, a maior cidade da Europa, (minúscula comparada a uma São Paulo da vida), ela é dividida por regiões e zonas!
As regiões são organizas pelos pontos cardeais, que por sinal, está explicito no postcode, ou CEP. Pelo seu postcode, as pessoas aqui já tem ideia do seu poder econômico, o dito é formado por letras e números, diz precisamente onde vc mora sem precisar de endereço completo! Quem mora na região com postcode que começa por W1 por exemplo, pertence a turma que tem muito dinheiro, W1 quer dizer West, ou seja Oeste de Londres, também conhecida localmente como West End, é nesse postcode que estão lugares como Portland Place, a famosa Regent Street, a Oxford Street, o badalado Soho, Marylebone, o chique Mayfair, a bela Picaddilly, a Hanover Square, a Great Portland Street e Fitzrovia, em locações como essas, espere pagar pelo menos £1.200 por semana por um quarto e sala! Claro, você estará morando no supra sumo de Londres, compartilhando parques e cafés com gente famosa e importante!
A região leste de Londres por exemplo foi um região bastante industrial no passado, era lá que toda a massa trabalhadora, a plebe, morava! Aos poucos, com o passar dos anos, as fábricas foram fechando, algumas áreas foram se modernizando, porém muito da arquitetura “popular” continua lá, as casas são menores, a paisagem não é tão bonita, e a reputação ainda é de uma área povoada por imigrantes de países pobres e pelas camadas mais humildes com algumas exceções como Greenwich, Victoria Park, a Isle of Dogs, Wapping e algumas outras, onde pode-se encontrar empreendimentos modernos e caros de se viver, mas em geral, o prestígio de morar no lado Oeste, seja Noroeste ou seja Sudoeste, não se compara ao lado Leste, seja Nordeste ou Sudeste. Em Whitechapel por exemplo que fica dentro do postcode E1 (East), o aluguel de um quarto e sala cai para em média £360.00 por semana ou menos! Bem, para muitos que estão chegando aqui, esse valor ainda é alto! Na Espanha por exemplo, vc aluga um apto top por um mês pelo preço de uma semana em um quarto e sala em East London! É dureza!!!! Por isso mesmo, dividir habitações com outras pessoas é muito comum na capital inglesa, ou seja, uma turma aluga uma casa ou apartamento (que aqui se chama FLAT) de 4 quartos por exemplo, cada um tem seu quarto, compartilha as áreas comuns da casa e divide o aluguel!
É comum encontrar anúncios, de pessoas procurando por flatmates, ou seja, parceiros de casa, tentando alugar um quarto da habitação para alguém! Isso é muito normal. Com esse sistema de dividir a habitação com outras pessoas, vc acaba conseguindo viver num lugar mais bacana sem ter que vender os olhos da cara para pagar o aluguel.
Um fato interessante é que cada área de Londres determina qual a maioria étnica que mora no local, o sudoeste (SE) por exemplo tem predominância de negros, sejam britânicos ou não, a região leste (E) tem predominância de asiáticos (indianos, paquistaneses e bangladeches), o norte (N, NW) e sudoeste (SW) tem predominância branca, seja britânica ou não.
Esse mapa: http://now-here-this.timeout.com/2013/09/10/londons-ethnicities-mapped/ te ajudará a entender melhor essa distribuição.
Agora que vc já entendeu como as regiões são organizadas, vamos as zonas! Londres é composta de 9 zonas. Imagine um gigante circulo englobando toda a grande Londres, dentro desse circulo um outro um pouco menor, e assim por diante, até chegar a um pequeno circulo bem no centro da cidade! Pois bem, são 9 deles, quanto mais perto do centro de Londres, menor é a circunferência da zona e mais caro o aluguel de uma habitação vai ficando. Agora faça a combinação entre zonas e regiões e você terá uma base do valor do aluguel! Um flat na região N zona 1 custa muito mais caro do que um na região N zona 4 por exemplo.
A brasileirada aqui meio que construiu um gueto, uma região que vivem muitos de nós, é a NW8, NW9, NW10 precisamente os bairros de Kilburn, Willesden Green, Dollis Hill, Harlesden e Kensal Rise! Nessa região a comunidade brasileira é grande, lá você encontra muitos mercadinhos, restaurantes e lojas brasileiras. Se você está vindo para Londres para aprender inglês eu realmente não conselho morar nessa região, porém se você se encontra naquele grupo de brasileiros que vêm pra Londres, não fazem questão de aprender inglês, de se misturar com a cultura local, aprender sobre os costumes e tradições inglesas, ou irão ter uma rotina casa-trabalho-casa e já vem contando os dias para voltar para o Brasil, bem, então esse é o lugar perfeito para você morar!
Dicas pessoais de lugares legais para morar em Londres: Clapham Common (sul) (cheio de bons restaurantes, bares/baladas e um belo parque), Greenwish ou Isle of Dogs (sossego, belas paisagens para o rio Thames, e bons parques), Shoreditch (artes, boas baladas, mercados de rua e famosos grafites), Camden Town (agito, punks, Regents Park perto e muitas facilidades locais), Richmond (calmo, tranquilo e boa vizinhança porém um pouco afastado do centro), Chiswick também é um lugar legal, tranquilo, boa vizinhança e facilidades locais, seguindo o metro linha verde sentido Wimbledon, todas as 6 paradas anteriores (Wimbledon Park, Southfields, East Putney, Parsons Green, Fulham Broadway) incluindo Wimbledon são lugares muito bons de morar, tem uma vizinhança tranquila e um bom centro, evitando a necessidade de ir ao centro de Londres para se abastecer.
Bem, se você estiver com bala na agulha e não tem pena de pagar um bom dinheiro por um lugar especial, então eu recomendo Marylebone, Swiss Cottage, St, John’s Wood, Highgate e Hampstead.
Lugares que eu não recomendo: Stockwell, Elephant & Castle , Brixton, Hackney e adjacências, Shepherd’s Bush, Whitechapel, Stratford, Leyton, Leytonstone, Wembley e adjacências.
Na dúvida, basta me escrever o lugar que vc achou que te darei um parecer o mais rápido possível.
Para completar, como vc acha as habitações para alugar? Bem, para tanto, um pouco de compreensão de inglês se fará necessário. Quase tudo está disponível on-line, existe uma infinidade de imobiliárias na internet, geralmente basta digitar no google.co.uk palavras chaves como por exemplo, o nome do bairro ou região + flat rent = “Southfields flat rent” que você logo vai ter uma lista de imobiliárias que trabalham na área, dai, uma vez acessando o site, basta preencher os requisitos do imóvel que vc está procurando e pronto, o resultado aparecerá. Bem, vale salientar que as imobiliárias negociam imóveis inteiros, se você quiser achar um quarto numa casa/flat que fazem o esquema de dividir o imóvel com quem já está morando lá, então a maneira de busca será diferente, uma vez no google.co.uk, você irá procurar pelas palavras chaves “nome do bairro ou região + flatshare, tipo “Southfields flatshare”. De qualquer forma, existem alguns website especializados em imóveis para serem compartilhados, como o http://www.spareroom.co.uk/flatshare/london/http://uk.easyroommate.comhttps://www.roomhunters.co.uk e o http://www.moveflat.com.
Para o seu governo, anote isso na cabeça:
Normalmente o aluguel é pago mensalmente, porém o valor nos anúncios é geralmente por semana. Para calcular o valor mensal vc precisa multiplicar o valor semanal por 52 (semanas anuais) e dividir por 12 (meses do ano).
Para entrar na casa/flat não compartilhado, normalmente o locatário (em inglês: landlord) pede 6 semanas de calção (devolvido no final do contrato) + 1 mês adiantado, as contas de água, luz, gás e council tax (o nosso IPTU) ficam por sua conta. Se você ainda não mora em Londres, o locatário não tem como verificar no “SPC/Serasa” britânico se você é caloteiro ou não, portanto, é bem capaz que ele te peça mais algumas semanas de calção além das 6 pedidas de costume.
Se você estiver negociando diretamente com o dono do imóvel, tem até a chance de uma negociação, além de não pagar nenhuma taxa administrativa nem comissão, porém se for através de agencia imobiliária, dai as negociações ficam mais restritas, além do calção e aluguel adiantado, vc ainda paga a comissão dela que geralmente é 1 semana de aluguel mais taxas contratuais.
No caso de um imóvel compartilhado, o chamado flatshare, o sistema é mais simples, normalmente eles são negociados diretamente com o dono do imóvel ou com o inquilino que está sublocando, normalmente só se pede 4 a 6 semanas de calção e 1 mês de aluguel adiantado. Nos dois casos, se você quiser quebrar contrato, é pedido um aviso prévio de 1 a 2 meses. Não há taxas de comissão nem taxas contratuais, além das contas já estarem todas incluídas no valor do aluguel.
Continua….